Assépsia - Com estas condições...é limpinho!

A minha foto
Nome:
Localização: Santo Tirso, Norte, Portugal

segunda-feira, outubro 30, 2006

Aprendizagem


- Porquê? - perguntava o petiz, com o peso nas palavras como quem se arrasta sobre areia, carregando um fardo.

- Meu querido - respondia-lhe o avô, com toda a ternura do mundo - a vida proporciona-nos muitas coisas. Cabe-nos a nós escolher as melhores e aproveitar todo o seu esplendor. Se assim o fizer-mos, ficaremos tristes por elas acabarem, mas também teremos orgulho de as ter-mos vivido, experienciado e aprendido com elas. Teremos então crescido mais um pouco.

O rapazinho limpou as lágrimas e fitou o avô.

Ambos sorriram.

Deram as mãos e caminharam.

sexta-feira, outubro 27, 2006

(des)Ordenamento e os humores do S. Pedro



Cálculos do Inag ditam que a precipitação em Águeda (25/10/06) foi expectável, sendo normal ocorrer em períodos de dois a cinco anos. O
Inag refere ainda que "é sinal de que a cidade ocupou zonas que pertencem ao rio, ou seja, não é água que está a chegar às casas, mas sim o contrário" (fonte: Público, 26Out06).

Um dos problemas do país é ter demasiadas "águedas" e leitos de cheia ocupados. Claro que só em alturas como estas pensamos nestas coisas. Depois, vamos alternando anualmente as preces: num ano rezamos para que chova, no seguinte para o contrário. Mudam-se as rezas mas o santo é sempre o mesmo, daí ele andar confuso.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Sentido de humor VI (ATENÇÃO: contém linguagem para adultos)


O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela diz. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?

O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Liberta-me.

"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"

"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.

A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!

Entendes? No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!". Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem. O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida.

Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência. Solta logo um definitivo: "Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!". O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito assim, põe-te outra vez nos eixos. Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.

E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai levar no olho do cu!"?

Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!". Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando estás a sem documentos do carro, sem carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!" Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a
desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”

Então:

Liberdade,

Igualdade,

Fraternidade

e

foda-se!!!
(Adaptado de Foda-se, Millôr Fernandes; original aqui)

terça-feira, outubro 24, 2006

Concordares discordantes


A propósito do OE:
Marques Mendes, quarta-feira passada, referindo-se ao fim de 3 SCUT, classificou como um "recuo positivo do Governo" (era uma questão "há muito tempo" defendida pelo PSD ); logo no dia seguinte já a questão era "uma verdadeira fraude eleitoral".
Ribeiro e Castro que, na segunda-feira (semana anterior), até colocou a possibilidade de votar a favor do OE, felicitando o primeiro-ministro, veio na quinta-feira seguinte, sob pressão das críticas da sua ala, classificá-lo como "decepcionante".
No fundo, todos temos o direito de mudar de opinião.
(fonte: Expresso, 21Out06)

segunda-feira, outubro 23, 2006

Coisas simples

"Desta vez vou pôr a ciência de parte. Isto não é um argumento contra o criacionismo. É apenas uma opinião: o universo criacionista é foleiro. É feio. É piroso, bárbaro, e de mau gosto. Ainda bem que o criacionismo é falso, senão seria como viver numa caneca das Caldas."
(Ler tudo aqui)

sábado, outubro 21, 2006

Não quero morar aqui, nem nos arredores


Segundo o Instituto Blacksmith, estes são os
10 sítios mais poluídos do Mundo (ver lista completa).

Alguém disse XIII

"Vamos ali tomar uma biquinha que não há vida antes do café"
"A vontade e o sentimento fazem milagres"
Aires de Almeida e Sousa

simpsons fedorentoz

Uma nova onda criativa que mistura Desenhos Animados com diálogos dos Gato Fedorento

sexta-feira, outubro 20, 2006

IVG vs Vida vs Abstenção - quem ganhará?

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

quinta-feira, outubro 19, 2006

Sentido de humor V

(Carta Aberta do Comendador Marques de Correia a Fernando Ruas, por Henrique Monteiro, in revista Única, Expresso, 07Out06)

quarta-feira, outubro 18, 2006

CHOVEU!

CHOVEU! CHOVEU!

Oxalá!


Ontem a chuva apanhou-me desprevenido. Antes de sair de casa, dei uma espreitadela no céu e calculei que a coisa iria melhorar (estava meio nublado). Mentira! Levei com chuvinha, molhei os pés e apanhei frio. Antes de me deitar pensei: que ricas botas tenho eu aqui guardadas no armário. Amanhã lhes darei uso.

Hoje, voltei a mirar o céu. Estava azul.

Espero que chova a cântaros!

terça-feira, outubro 17, 2006

Free Hugs Campaign. Inspiring Story! (music by sick puppies)

ABRAÇOTERAPIA

segunda-feira, outubro 16, 2006

Alguém disse XII

(in O PS bota-abaixo, Fernando Madrinha, Expresso, 14Out06)

sexta-feira, outubro 13, 2006

Um rio perto


Corre fresca a água
lá no rio.

Dessa que usavas para lavar a roupa
suja pelo pó
pulverizada pelo suor.

Banhavas também o teu corpo
manchado pelas nódoas da vida.

Purificavas-te.

Encoberto pela folhagem de um castanheiro
num dos ramos cimeiros
lá estava eu empoleirado
escondido
mirando-te.

Imaginava pedir-te para me dares a mão
e caminharmos juntos
ao longo da margem
pela sombra fresca.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Interrupção Voluntária da Gravidez

Nesta matéria, sou claramente a favor de associar o “des” à criminalização e à penalização.

Enquanto perdurar o patrocínio à hipocrisia, inúmeras mulheres irão continuar a ser julgadas e punidas, irão insistir na recorrência à clandestinidade de clínicas privadas, nas condições mais que duvidosas.

Quanto a referendos, melhor mesmo é citar as palavras de Vítor Dias, na sua coluna do Público (Sombra e Silêncio, 06Out06), quando diz “que este é o país em que (…) tudo se pode decidir e aplicar sem recurso ao referendo. Salvo a despenalização da interrupção voluntária da gravidez que, sendo no final uma decisão individual das mulheres, pelos vistos requer que uma maioria de portugueses aprove e autorize este passo elementar de modernidade, humanismo e civilização.”

quarta-feira, outubro 04, 2006

"... ai JESUS, saiam daqui e nao intervenham, que eu faço rebentar isto !! ... "

Hora de jantar. Antes de sair de casa para ir à cantina da universidade, ainda consigo ouvir a notícia de abertura:

- Um indivíduo está barricado numa agência de um banco, em Setubal, e possui 4 reféns.

O meu sangue congelou nesse instante. Ocorreu-me uma ideia:

- Será o Subtil?

(título do post e foto retirados de: Mas quem é Manuel Subtil?)

Alguém disse XI

"... a estupidez é um direito, não uma obrigação."
Ernâni Lopes (economista)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Dia Mundial da Música (01/10)


Nas comemorações do Dia Mundial da Música, os
Gaiteiros de Lisboa deram um caloroso espectáculo no Teatro Municipal de Faro.

Fiquei com água na boca em relação ao restante trabalho destes senhores.