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terça-feira, outubro 24, 2006

Concordares discordantes


A propósito do OE:
Marques Mendes, quarta-feira passada, referindo-se ao fim de 3 SCUT, classificou como um "recuo positivo do Governo" (era uma questão "há muito tempo" defendida pelo PSD ); logo no dia seguinte já a questão era "uma verdadeira fraude eleitoral".
Ribeiro e Castro que, na segunda-feira (semana anterior), até colocou a possibilidade de votar a favor do OE, felicitando o primeiro-ministro, veio na quinta-feira seguinte, sob pressão das críticas da sua ala, classificá-lo como "decepcionante".
No fundo, todos temos o direito de mudar de opinião.
(fonte: Expresso, 21Out06)

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem… Eu não queria, mas mais uma vez tenho de comentar “políticas” de direita e de esquerda. Ora vejamos, o PS, aquando das eleições, defendia o verdadeiro propósito das SCUT, vias rápidas de utilização gratuita. Passados uns tempos (leia-se: depois de ser governo, agora), afirma ser necessário recorrer à cobrança de utilização (portagens) para minimizar gastos (reduzir défice), mas só em vias que tenham alternativa…
Por sua vez, aplica uma taxa moderadora nas urgências hospitalares, a aplicar a todos os utentes (ou quase todos, não sei bem…).
Então, a pergunta que te faço é a seguinte: creio que todos temos escolha relativamente às vias que utilizamos, sendo que, ou chegamos mais depressa ou mais devagar, mas também creio que não temos escolha quando a doença nos bate à porta (ou ao corpo). Haverá coerência nestas duas aplicações de taxas? Onde é que aqui se encontra a solidariedade social, pregada pelo PS antes da maioria absoluta?
Quanto às trocas de opinião, pois é, todos somos livres de o fazer, mas sabemos de antemão que existe uma “classe” que o faz quase diariamente (independentemente do partido político que representam), veja-se o caso do Sr. Jardim, hoje demito-me, amanhã, não disse nada disso… ou até mesmo do ministro das finanças, agora acabou a crise, 30 minutos depois (leia-se: depois do puxão de orelhas de Sócrates) o país atravessa uma crise, mas com perspectivas de melhorar… É o que há…
Abraço

10/25/2006 12:02:00 da tarde  
Blogger Doctor Who said...

De facto, no primeiro caso, parece existir uma certa incoerência. Contudo, se isso servir de justificação para o Estado amealhar mais uns trocos, podemos pensar na coisa como sendo a aplicação dos 3P's (Princípio do Poluidor Pagador).

Em relação à segunda situação, aí tudo muda de figura. E das duas, uma: ou estou eu enganado e desinformado (hipótese bastante plausível), ou tu. Senão, vejamos.

Este Governo nada trouxe de novo. As taxas moderadoras foram apenas actualizadas. A Portaria n.º 219/2006 (http://www.snripd.pt/bibliopac/diplomas/PT_219_2006.htm) veio revogar uma outra, Portaria n.º 103/2004, de 23 de Janeiro, na qual já constavam as ditas taxas. Sabes quem aprovou este último diploma? Adivinha! Estavamos em 2004. XV Governo Constitucional diz-te alguma coisa? (http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC15/).

Abraços

10/25/2006 06:23:00 da tarde  
Blogger Doctor Who said...

Vale a pena passar uma vista de olhos pelas palavras do Ministro da Saúde (http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/artigos+de+imprensa/taxasmoderadoras.htm) e pela lista de Isenção de pagamento de taxa moderadora (http://www.srsviseu.min-saude.pt/pergunts/16.htm).

Mas não só de Taxas Moderadoras vive a polémica. Há também a Taxa de Internamento Hospitalar. Esta sim, creio ser da exclusiva criação deste Governo. Ler novamente Correia de Campos (http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/artigos+de+imprensa/diario+economico.htm) ou a opinião de Fernando Madrinha (http://semanal.expresso.clix.pt/1caderno/opiniao.asp?edition=1772&articleid=ES234941).

Boas discussões!

10/25/2006 06:47:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O que tu querias dizer, penso eu, seria “Política do Utilizador Pagador”, um pouco diferente da dos 3 P’s, mas mesmo assim não me parece coerente.
Tal não é o meu espanto ao ler as tuas palavras… Estás a justificar um “Erro Politico” do actual governo, com uma Portaria, que também foi um erro, de um governo do qual foste e continuas a ser acérrimo crítico?!? Então não era o Sócrates e o PS o D. Sebastião de Portugal (leia-se: a maioria já cá canta, agora vamos fazer o que nos apetecer)?!?
Deixa-me que te diga que é precisamente essa uma das razões pela qual o país não vai para a frente, i. e., continuamos a criticar o que se fez, sem se fazer nada para o mudar e voltamos a cair na ignorância/insensibilidade para o que realmente interessa. Repara que falei na 1ª pessoa do plural (nós) porque o nosso sistema democrático responsabiliza-nos a todos pelas acções tomadas pelos políticos e além da responsabilização, como que nos obriga a repensar o futuro do país a cada ciclo eleitoral, se bem que 50 e tal por cento das pessoas têm de pensar um pouco mais que os outros.
Deixa-me desafiar-te, escreve qualquer coisa sobre o PIDDAC, ou a vergonha que ele é…

10/25/2006 09:44:00 da tarde  
Blogger Doctor Who said...

Apesar de ambos os conceitos existirem, tens razão, eu deveria ter escrito Princípio do Utilizador-Pagador, uma vez que neste caso estamos a transferir os custos para quem usufrui.

Agora uns pequenos esclarecimentos:

Primeiro - Não sou advogado de defesa de nenhum partido ou quadrante político; como tal,

Segundo - Não justifico os seus erros, muito menos com erros de terceiros; vou relembrar-te com uma pequena frase que escrevi no post Opacidades (24 de Agosto de 2006): "O objectivo deverá ser a aprendizagem com os erros do passado, e não o seu aproveitamento, para fins pouco (ou muito) claros" (era uma crítica dirigida ao actual Governo).

O PIDDAC fica para outro dia.

Abraços "frescos"!

10/26/2006 11:26:00 da manhã  

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