Brighid
Ela esperava-o.
Ele entrou em casa.
Vinha fugindo daquele frio polar que se começara a sentir alguns dias antes. Uma massa de ar polar atravessava a ilha, diziam os meteorologistas. Ainda bem que ele tinha providenciado um bom carregamento de lenha para o fim-de-semana. Ainda bem que tinham resolvido todas as questões pendentes durante a semana. Ainda bem que tinham aquelas 48 e mais algumas horas só para eles.
Estendeu-se ao lado dela depois de ter atirado o sobretudo para o sofá mais próximo. O lume já crepitava. Ela havia tratado de o acender, meia hora antes da sua chegada.
Beberam Cognac. Conversaram. Riram.
Trocaram carícias. Trocaram malícias. Trocaram delícias.
Beberam-se sofregamente como quem ama pela primeira vez.
A temperatura dos seus corpos foi baixando à medida que o calor das brasas se desvanecia, até adormecerem bem agarrados um ao outro.
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