"Quem não quiser pagar, não paga...mas também não anda!"
Já aconteceu certamente a muita gente circular nas auto-estradas portuguesas e deparar-se com obras na via. Por acaso alguém reparou se, no local onde o condutor opta por entrar ou não na referida auto-estrada, existe algum tipo de aviso referente a obras de manutenção na via? Que eu tenha reparado, não!
Ora, fará algum sentido pagar por um seviço onde a qualidade real é menor que a expectável? O secretário de Estado-adjunto (este cargo "cheira-me a tacho") das Obras Públicas, Paulo Campos, pensa que sim. Este senhor, para além de garantir que a isenção das portagens nesses troços implicaria o pagamento de milhões de euros de compensações à concessionária, afirma que esta medida aumentaria o tráfego e, desta forma, o seviço sairia prejudicado.
A questão das compensações à concessionária as pessoas até compreendem. Portanto, em vez da isenção, que tal uma redução de 50%, por exemplo. Quanto ao resto, desculpe-me senhor secretário de Estado-adjunto, mas como pode ter a certeza que o tráfego aumentaria? Da mesma forma posso eu afirmar o contrário, dizendo que se os utentes fossem avisados antes do ramal de acesso o tráfego diminuiria. De rir, só mesmo quando refere que "o serviço sairia prejudicado". Essa é deveras muito boa!. Então uma estrada em obras contribui para a segurança? Contribui para o melhoramento das condições do serviço?
Parece-me que acabou de dar um tiro no pé.
(Dia D, 26Jun06)
posted by Doctor Who | 5:10 da tarde
6 Comments:
Pois concerteza que sim! Então com as estradas em obras os condutores terão mais cuidado e a probabilidade de cumprirem o código aumenta em certa de 0.27%! Não te parece bem? No fundo no fundo, mas bem lá no fundo, isto é uma manobra sub-reptícia do executivo para nos fazer cumprir o código e nos poupar dinheirinho em multas! Eles pensam bastante no nosso bem-estar, são uns fofos!
Pois, até posso tentar imaginar o "adjunto" a alegar essa ideia em sua defesa, mas e a qualidade do serviço?
Vá Roma, aproveita a onda e sai-te com outra sugestão. Na volta, pode ser que pegue.
Pois, se o actual Governo continuará a valorizar e a ceder a lobbies económicos, ou a "merda" que fez, faz e continuará a fazer, quanto a mim não sei. Não sou futurólogo. No mínimo espero que continue a fazer melhor que aqueles que o antecederam.
Realmente, o encerramento dos troços de auto-estrada em obras talvez acelerasse os trabalhos. Era uma ideia. Talvez que alguns automobilistas saíssem prejudicados por não terem alternativa em "estradas mais rápidas" (as SCUTS, por exemplo), mas como a solução seria temporária valia o esforço.
Acredito e passo a explicar porquê: a não ser que esteja enganado, a Brisa é privada. Assim sendo, como qualquer empresa, ela visa o lucro. Ora, se o troço em obras estiver fechado isso significa que ninguém está a pagar portagens, logo, "vamos lá a despachar essas obritas para os utentes poderem «circular»!".
Pelo menos, o que lá está, ainda não foi apelidado de "regente que distrai à brava e que é claramente incompetente" pelo homem que mais manda em Portugal (eleito pela revista Única, edição do jornal Expresso, 01Jul06).
(http://semanal.expresso.clix.pt/unica/artigo.asp?edition=1757&articleid=ES224607&subsection=)
Eu não acho mal esse tal senhor se ter arrependido, até porque o arrependimento não deve ser visto como um defeito.
No meu entendimento (e bem sabes que não é grande, também já o tinha comentado contigo), é apenas a prova viva que "não se pode agradar a Gregos e Troianos". Nada mais do que isso.
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